segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Questionário
Ana postou
Questionou sondou
"Que ele me responda"
Comentei
E agora me dei
Falei
Revelei
Confessei
Nem pensei
Pois sei
Que só sei
Ficar encantado...
Ana,
Se ele eu fosse
Responderia diferente
In off via correio e-mail
Reservadamente
Mas como ele não sou
Respondo publicamente
.Qual o tamanho da paz?
É do tamanho do esboço infinitamente lindo de um nenem dormindo
.Quais os limites do corpo?
São os limites tênues delimitados pelo aconhego de um abraço bem apertado
.Qual a palavra que faz sentido?
Afinidade. Faz muito sentido faz a diferença na minha idade
.Saudades de quê?
Do gosto gostoso de um primeiro beijo
.Vontade de quê?
De sentir o gosto de um primeiro beijo gostoso
.O que se ganha com o tempo?
A consciência que se ganhou
.Por que vale à pena sonhar?
Porque os sonhos dão a sensação que eles se realizarão
.O que tu vês no espelho?
O projeto por meus antepassados imaginado concretizado
.O que o espelho vê?
Cabeça corpo membros e um sorriso maroto
.Tua mão sabe tocar o quê?
O ombro de quem precisa e quer ser tocado
.Tua pele arde de que jeito?
Do jeito mineiro (fica ruborizada) ao ter de responder pergunta que deixa a gente "distreinado"
.Por que a lágrima lava a alma?
Porque a alma suja desidratada é lavada irrigada com a àgua pelo coração fabricada
.Por que a alma chora?
Porque precisa expelir traição decepção falta de opção que causam intoxicação deterioração
.Até onde chega o teu silêncio?
Ao limite da tortura. Ao confessionário.
.Quem ouve teu grito?
Meu coração (que não tem ouvidos)
.O teu sono te leva pra onde?
Pra longe longe muito além dos meus sonhos dos meus pesadelos
.Tua dor rima com amor?
Não. Minha dor rima com pavor e meu amor rima com pudor. As palavras rimam mas não combinam.
.Teu sexo tem nexo?
Tem. E anatomicamente fico perplexo e me dou um ósculo e um amplexo.
.Qual tua incoerência?
Não saber falar das minhas coerências
.O que te assusta?
Rojão em Noite de São João. Trovão
.Do que tens medo?
De ficar perdido sozinho numa ilha perder filho filha
.De onde vem tua coragem?
Da vontade de sobreviver pra ver nascer e crescer os que vão continuar a me perpetuar
.O que te aprisiona?
#t#i#m#i#d#e#z#
.O que te liberta?
A divina canjibrina quando usada por exemplo na receita da caipilima
Abraço questionador
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Consertando o Mundo
Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los.
Passava dias e dias em seu escritório em busca de respostas para suas dúvidas.
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar.
O cientista nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar.
Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser proposto ao filho com o objetivo de distrair sua atenção.
De repente deparou-se com numa revista com o mapa do mundo, o que procurava!
Com o auxilio de uma tesoura, recortou o mapa-mundi em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui esta o mundo todo separado, aos pedaços. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança levaria dias e dias para recompor o mapa, talvez nem conseguisse.
Menos de uma hora depois ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:
- Pai, já fiz tudo. Conseguí terminar!
A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto e tão depressa.
Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares.
Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
- Você não sabia como era o mapa do mundo, meu filho, como conseguiu?
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou a folha da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi ai que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.
(Desconheço a autoria)
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Mau humor
Mau humor
(Lula Vieira - publicitário)
Não me lembro direito, mas li numa revista, acho que na Carta Capital, um artigo levantando a hipótese de que todo o cara que tem mania de fazer aspas com os dedinhos quando faz uma ironia é um chato. Num outro artigo alguém escreveu que achava que jamais tinha conhecido um restaurante de boa comida com garçons vestidos de coletinho vermelho. Joaquim Ferreira dos Santos, em "O Globo" de domingo, fala do seu profundo preconceito com quem usa "agregar valor". Eu posso jurar que toda mulher que anda permanentemente com uma garrafinha de água e fica mamando de segundo
em segundo é uma chata. São preconceitos, eu sei. Mas cada vez mais a vida está confirmando estas conclusões.
Um outro amigo meu jura que um dos maiores indícios de babaquice é usar o paletó nos ombros, sem os braços nas mangas. Por incrível que pareça, não consegui desmentir. Pode ser coincidência, mas até agora todo cara que eu me lembro de ter visto usando o paletó colocado sobre os ombros é muito babaca.
Já que estamos nessa onda, me responda uma coisa: você conhece algum natureba radical que tenha conversa agradável? O sujeito ou sujeita que adora uma granola, só come coisas orgânicas, faz cara de nojo à simples menção da palavra "carne", fica falando o tempo todo em vida saudável é seu ideal como companhia numa madrugada? Sei lá, não sei. Não consigo me lembrar de ninguém assim que tenha me despertado muita paixão.
Eu ando detestando certos vícios de linguagem, do tipo "chegar junto", "superar limites", essas bobagens que lembram papo de concorrente a big brother. Mais uma vez, repito: acho puro preconceito, idiossincrasia, mas essa rotulagem imediata é uma mania que a gente vai adquirindo pela vida e que pode explicar algumas antipatias gratuitas.
Tem gente que a gente não gosta logo de saída, sem saber direito porquê. Vai ver que transmite algum sintoma de chatice. Tom de voz de operador de telemarketing lendo o script na tela do computador e repetindo a cada cinco palavras a expressão "senhoooorrr" me irrita profundamente.
Se algum dia eu matar alguém, existe imensa possibilidade de ser um flanelinha. Não posso ver um deles que o sangue sobe à cabeça. Deus que me perdoe, me livre e me guarde, mas tenho raiva menor do assaltante do que do cara que fica na frente do meu carro fazendo gestos desesperados tentando me ajudar em alguma manobra, como se tivesse comprado a rua e tivesse todo o direito de me cobrar pela vaga.
Sei que estou ficando velho e ranzinza, mas o que se há de fazer? Não suporto especialista em motivação de pessoal que obrigue as pessoas
a pagarem o mico de ficar segurando na mão do vizinho, com os olhos fechados e tentando receber "energia positiva".
Aliás, tenho convicção de que empresa que paga bons salários e tem uma boa e honesta política de pessoal não precisa contratar palestras de motivação para seus empregados. Eles se motivam com a grana no fim do mês e com a satisfação de trabalhar numa boa empresa.
Que me perdoem todos os palestrantes que estão ficando ricos percorrendo o país, mas eu acho que esse negócio de trocar fluidos me lembra putaria. E para terminar: existe qualquer esperança de encontrar vida inteligente numa criatura que se despede mandando "um beijo no coração"?
Fiquei um tempo imaginando cada situação citada
Fiz constatação meneio da cabeça gargalhada
Tenho que prestar atenção às pessoas
Que passavam despercebidas
E agora poderão ser associadas
Como protagonista de cada coisa dessa avacalhada
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
A Sandália da humildade
A frase diz muito, mas não diz tudo, sobre a imagem:
"Essa imagem vale por mais de mil palavras"
Sandália (Wikipedia) é um tipo de calçado usado por ambos os sexos e que tem como característica principal deixar a maior parte do pé exposta. Por essa razão, é um calçado usado especialmente no verão ou em regiões de clima quente.
Sandália masculina: os materiais usados na sua confecção podem variar bastante, indo do couro (mais nobre) ao plástico injetado (mais barato).
Sandália de garrafa pet com tiras de tecido colorido. O detalhe da tampa azul da garrafa do refrigerante em diagonal com o detalhe azul da tira de pano pode ter sido coincidência, mas deu o toque pessoal do artesão.
O instrumento usado para aplainar a pet foi certeiro e caprichoso. Fez seu trabalho, amoldou, deu conforto.
Eu acredito no ser humano. A imagem diz.
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