quarta-feira, 26 de novembro de 2008



EXAMINANDO, RACIOCINANDO, RACIONALIZANDO, DIAGNOSTICANDO, ACERTANDO, ERRANDO - SIGO TRABALHANDO

A tarefa do diagnóstico sempre me intrigou. Por exemplo, o diagnóstico citológico. A visualização de formas, contornos, cores, detalhes, nuances, matizes, arranjos, formam, numa combinação muito semelhante mas nunca repetida, uma possibilidade, uma hipótese, coerentemente se encaixam, se completam e se tornam uma afirmativa, um ponto de partida, o destino, a decisão final. A estruturação dessa maneira, do modo de fazer, de reconhecer conhecimentos necessários para se fazer, cada vez mais me intriga. A dúvida é parte desse processo, inicialmente na tentativa de comparação com algo similar antes visualizado e em seguida na análise, instantânea, o conhecimento explícito utilizado nesse processo. O processo sintetiza o tempo de estudo, - anos, décadas - habilidades, experiência, de estruturação, concentrada em minutos de definição. Nada de inspiração, só transpiração. E a dúvida me inspira - um dia pensei que desapareceria - continua minha parceira, companheira. Me estimula a atualizar, reler. É meu parâmetro de integridade cognitiva. Se um dia ela for embora, saberei, Deus permita perceber, que não posso mais continuar sem Dúvida.

2 comentários:

Ana disse...

Neste texto, pura inspiração...

A intimidade dos sentidos de quem deseja acertar.
O esforço.
O trabalho.
A dedicação.
E, apesar de tudo, a dúvida.

É ela quem te faz sentir eterno aprendiz... Te instiga. Te desafia.

É a tua certeza...

Eurípedes disse...

Anantenada,
Você acertou na mosca. Melhor, na pleura, e visceral.
A dúvida minha eterna companheira. Nem posso viver sem ela.
Quando ela se for... pirei!
Abraço de aprendiz